Pressão atmosférica é a força exercida por uma coluna de ar sobre uma unidade de área. Essa força se deve à grande massa gasosa que existe desde o limite superior da atmosfera até as camadas mais próximas do solo. É em geral medida em milibares, sendo o milibar uma unidade equivalente a 105 newtons por metro quadrado (padrão do sistema internacional de unidades), ou em atmosferas. Uma atmosfera é igual a 1.013,25 milibares.
A pressão atmosférica se mede com um instrumento denominado barômetro, criado em 1643 pelo cientista italiano Evangelista Torricelli. A medição é feita pelos efeitos da pressão sobre um líquido que, impelido pela força derivada desta pressão, sobe por uma coluna estreita de vidro. Essa propriedade, característica de todas as substâncias líquidas, adquire proporções diferentes de acordo com a densidade do líquido. Uma coluna vertical de mercúrio, líquido de alta densidade, sobe 760mm, altura que é tomada como referência para medir a pressão atmosférica. A água, menos densa, se eleva espontaneamente por um cano a uma altura de mais de dez metros, de modo que só para poços de profundidades superiores são necessários equipamentos de bombeamento.
Para bombear água usando a pressão atmosférica basta impedir que o ar faça pressão sobre certa porção da superfície do líquido, que se elevará por força da pressão exercida sobre o resto. Esse é o princípio da bomba de sucção: ela aparentemente puxa a água, mas na verdade faz com que o ar que fica ao redor do cano impulsione a água cano acima. O mesmo princípio funciona quando se ingere líquido por um canudo: o ar é sugado e o líquido, livre da pressão exercida pelo ar, sobe pelo interior do canudo.
A pressão exercida pela atmosfera sobre o corpo humano se compensa por uma vasta rede interna de vasos capilares, ou seja, vasos sangüíneos muito estreitos. A redução da pressão cria um desequilíbrio interno que se manifesta sob a forma de enjôo e mal-estar generalizado. Nos vôos comerciais, os passageiros e tripulantes viajam em cabines pressurizadas, nas quais se cria uma atmosfera artificial para evitar os efeitos da queda de pressão no exterior do avião. Pilotos de jatos militares, que voam entre 9.000 e 12.000m de altitude, usam máscaras de oxigênio. A 19.000m de altitude a pressão atmosférica cai para 47mm de Hg e a máscara de oxigênio já não basta para garantir a sobrevivência e o piloto é obrigado a usar um traje hermético pressurizado, semelhante ao dos astronautas.