Intersexualidade, em seres humanos, é qualquer variação de caracteres sexuais incluindo Cromossomos, gônadas e / ou órgãos genitais que dificultam a identificação de um indivíduo como totalmente feminino ou masculino. Essa variação pode envolver ambiguidade genital, combinações de fatores genéticos e aparência e variações cromossômicas sexuais diferentes de XX para mulher e XY para homem. Pode incluir outras características de dimorfismo sexual como aspecto da face, voz, membros, pelos e formato de partes do corpo.
Existem diversas causas para intersexualidade, dentre eles:
A palavra intersexual é preferível ao termo hermafrodita, já bastante estigmatizado, precisamente porque hermafrodita se referia apenas a questão dos genitais visíveis. Alguns intersexuais podem ser considerados como transgêneros.
Um em cada 100 nascimentos possui algum nível de ambiguidade sexual e entre um e dois em cada 1.000 nascimentos essa ambiguidade é tal que precisa de cirurgia para diferenciação de gênero.
Heterogeneidade diz respeito ao facto de não existir, numa mesma pessoa/bebé, um alinhamento de todas as características sexuais por um só gênero, ou seja, não são todas tradicionalmente femininas, nem são todas tradicionalmente masculinas. As características ambíguas podem ser relativas a:
Intersexualidade, enquanto transgeneridade, é uma condição sexual e não uma orientação sexual. Portanto, as pessoas que se autodenominam intersexuais podem se identificar como homossexuais, heterossexuais, pansexuais, bissexuais ou assexuais.
Cada vez mais pessoas e famílias optam por manter essa condição e não se submeterem aos padrões preto-e-branco de gênero da sociedade. Muitos especialistas defendem que gênero que entre essa visão binária preto-e-branco existem diversos tons de cinza e portanto gênero deve ser visto como uma linha onde o masculino está em um extremo e o feminino em outro extremo e existe uma grande diversidade entre eles.
O tipo de tratamento vai depender da causa e existem dois modelos possíveis:
Em caso de clitoromegalia e micropênis, esperar antes de fazer a cirurgia é importante para não correr o risco de prejudicar a funcionalidade do órgão sexual. Outro motivo para esperar antes de fazer a cirurgia é evitar a insatisfação do paciente ao qual foi imposto um sexo, mas desenvolve preferência pelo outro. É importante que os pais e o indivíduo possuam acompanhamento psicoterapêutico para lidar com suas ansiedades e frustrações relativas a toda complexidade envolvida na intersexualidade.
Assim o tratamento moderno envolve psicoterapia para o indivíduo e sua família, cirurgia de redesignação sexual, cirurgia plástica para modificar caracteres sexuais primários e secundários e tratamentos hormonais. É mais fácil fazer genitais femininos e por isso ela tem sido preferida pelo modelo médico tradicional. Mesmo na abordagem centrada no paciente, recomenda-se que a cirurgia seja feita caso haja sério prejuízo funcional e desconforto genital.